Pesadelo


Aquela felicidade que parecia tão eterna, de bases tão sólidas, está se esvaindo feito areia do deserto, corroída de saudade, e infestada de solidão a alma segue seu curso, á espera daquele que lhe prometeu felicidade...
Expressão frustrada, os dias estão cada vez mais iguais, tudo agora é visto através de uma escala cinza, sempre a vagar á procura do outro em cada rosto, em cada gesto...
Seria esse seu fim? Essa é a pergunta que ecoa em seus pensamentos, em seu eu mais íntimo, seria capaz de morrer por saudade de algo que jamais possuíra?
As paredes cálidas sempre companheiras nunca nada dizem... ela grita mas nenhuma delas a responde de volta... Se encolhe para conter a dor de um coração em pedaços... Aquele mundo construído desmorona junto com as lágrimas que vão de encontro ao travesseiro... Ao pé da cama ela sabe que ali vela a solidão por pesadelos mais tranquilos.


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