Mim mesma

Os novos passos anunciam que é chegada a hora de decidir, mas como? Se a cada passo que você dá seu coração arranha o peito gritando alucinadamente para se atirar em um longo abraço e esquecer as tolices do passado, enquanto do outro lado sua mente implora sensatez, "não se tem como prolongar uma mentira".
Mas você para e decide decidir de vez antes mesmo de chegar ao seu destino, seu reflexo nas vitrines não te dizem nada, só refletem uma menina assustada e totalmente perdida em si.
Do ultimo Dezembro até os dias de hoje, já se passaram tantas ideias contraditarias em sua cabeça que mal pode processá-las, tantas nem sequer foram percebidas. Mas você tinha até pouco tempo um amor fixo, na verdade, uma ideia fixa do amor, mas que aos poucos descobriu ser móvel e flexível, um estalo em sua mente, e tudo acontece, cai atônita no banco da praça.
Estava errada todos esses meses, amar não é mutilar seus sentimentos, não é se culpar por cada vírgula mal empregada, ou interrogação não posta, não é estar sozinha numa avenina tão movimentada, não é isso que você está vivendo agora, no agora, não é e nunca será...
Amar é não permitir o reinício dessa loucuraa, dessa coisa sem sentido, algo que não gera frutos nem futuro, descobrir que você ama mais a você mesma do que essa "coisa insana" que está vivendo, nada mais é do que ter voltado para casa e baixado uma música nova ouvido no ultimo volume, enquanto seu passado te esperava para nunca mais voltar.

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