Amor deveria ser sinônimo de perda.


Ah! Amor seu sentimento doido. E incontestável, inadiável, incontrolável e tão suportável, querido, contraditoriamente vivido. Eu passei tanto tempo tentando te entender e te esquadrinhar, determinar um tempo certo, de você acontecer, escalar o tipo de pessoa que iria te despertar em mim, e até mesmo controlar os sintomas colaterais, mas a primeira coisa que aprendi de você é que a gente não prevê, apenas sente.

Não sei bem como aconteceu, nem data, se até mesmo antes de ouvir sua voz pela primeira vez, ou lá pelo segundo encontro, onde me deu aquele livro, que eu ainda não consegui terminar de ler, porque nossa história também - eu sabia - não tinha acabado. E o amor é isso. Não tem todos aqueles bordados dos filmes, e beijos sob a chuva. É mais sobre do que você abre mão, do que as coisas que você ganha. Amor deveria ser sinônimo de perda.

Perda de medo, do receio de ser feliz, de se entregar de corpo e alma, eu sei "se entregar de corpo e alma" parece clichê, mas quem disse isso sabia o que era amar. É aceitar alguns erros, ver o lado bom de uns e ajudar a consertar outros. E o mais engraçado, é não se imaginar mais sem o outro, e tê-lo em todos os planos dos grandiosos aos mais bobos, e fazer os planos mais loucos, mesmo que nem seja para realizá-los, mas apenas pra criar mais assuntos e ficar ali, mergulhando na voz do outro.

E, meu bem, sei lá, onde dará esta estrada, se chegará em algum lugar, se terão muitas curvas e subidas difíceis, altos e baixos, algumas pedras, ou somente flores, a minha única e irrevogável certeza, é que quero segui-la ao seu lado.

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