Paranoia


Um dos presentes de Grego da ansiedade é a paranoia, silenciosa, quase imperceptível, se eu pisco um pouco, ela se infiltra e fica lá comandando minhas ações e ditando os meus pensamentos, modificando a forma que vejo as ações das pessoas, até mesmo, e principalmente das que eu mais amo, isso causa danos quando não percebo a tempo. Depois de tanta desconfiança, e amargura despertada, noites insones maquinando como me proteger de situações que nunca existiram, a calmaria da vida vai tomando conta como um bálsamo curativo.

 A névoa mental de desconfiança e desconforto vai baixando, e a clareza vai retornando, o que acarreta em uma Dayanna sentada num canto da sala, com as mãos tampando a expressão de horror no rosto, ao me dar conta de que caí em mais uma peça que minha mente me pregou, e essa durou meses, pegando pequenas migalhas e transformando tudo, num intenso carnaval de emoções que me cansou, e cansou também as pessoas ao meu redor. Porém, visto a minha melhor cara e torno ao meu caminho diário, pedindo desculpas pelos estragos.

Dessa vez foi tão longe que quase não tive como voltar, o que me fez cogitar a voltar com minhas drogas farmacêuticas, mas para isso preciso aprender a admitir que nem sempre vou dar conta de tudo sozinha, e isso é uma guerra ainda maior, que por hora não tenho forças de lutar, sigo me perdoando, e reparando os estragos de uma mente brilhante que as vezes se escurece, que as vezes só precisa ser perdoada de suas paranoias, felizmente eu sempre encontro o caminho de volta.

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